Por uma questão de controle convém às vezes auto-impor-se uma “economia” de notas, para não esquecer que tocar muitas notas não é necessariamente critério de qualidade da improvisação.
Assim, pois, limitemos o tanto de notas!
As células melódicas (não falamos de melodias) formadas dentro de um limite de poucas notas refletem o "encaixe na mão" dessas notas.
A escolha das notas
Uma primeira possibilidade é pegar o material tonal constituído por três notas mediante sobreposição de duas quintas, as quais depois são reagrupadas por transposição. Numa outra abordagem pegamos notas recortadas de escalas (veremos mais adiante).
Ainda outra possibilidade de escolher notas vem do universo de notas da Grécia Antiga, da diatônica e da sua antecessora, a anemitônica. A afinação da cítara que, partindo da nota lá para os dois lados, dava as seguintes notas: Na Grécia Antiga, como também no Japão, havia ainda outras afinações. Essas dividiam uma quarta em semitom e terça maior: Um terceiro aspecto é o de evitar escalas e todo e qualquer gênero tonal conhecido. O material é tonalmente livre. A coesão orgânica das notas é assegurada pela coerência dos intervalos. Esta se orienta pela força dos pequenos passos, evita passadas largas e saltos. As células melódicas deste tipo se movem, na ascendente e na descendente, em intervalos de segundas. Evitam-se os arpejos de tríades. Ou a primeira e a última nota são iguais, como no exemplo acima, ou são diferentes. Aqui a melodia tende para a quarta:




Por fim, lembremo-nos dos conhecidos motivos inversos e das figuras típicas de quatro notas, conhecidas de inúmeras cantigas infantis.

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