
A caligrafia oriental é música em outro meio, arte abstrata sobre base concreta. É improvisação com pincel, tinta e papel. Existe em formas iguais há milênios e é um bom exemplo do que eu digo: uma pincelada faz sentido pela vibração, sem precisar mudar a forma subjacente. Formas que já existiam antes se reescrevem livremente, improvisadamente. É como, por exemplo, na regência, no movimento do arco nas cordas, na dinâmica e no rubato: carece de um longo e paciente exercício para conseguir a liberdade. (Lafcadio Hearn)
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